Controle de pernilongos reduz número de reclamações ao 156

Data da publicação: 05/04/2021 - Tempo de leitura: 4 minutos

Foto: Adenir Britto - PMSJC

Os pernilongos deixaram de ser um dos assuntos principais na Central 156. As reclamações caíram quase 90% agora em março em comparação com o mês de janeiro. E não foi por falta de calor nem de chuva.

Nos últimos três meses, as equipes da Urbam intensificaram o combate aos pernilongos pelos bairros por causa do calor e da quantidade de insetos. O fumacê foi ampliado em 50% e uma outra equipe passou a vasculhar os lugares onde os pernilongos se proliferam em grande quantidade.

Essa equipe tem oito pessoas, executa um trabalho que ninguém vê e qualquer semelhança com os super-heróis de Os Vingadores, não é mera coincidência. Primeiro porque eles trabalham unidos, em sinergia e vasculham cada possível foco de pernilongos e dengue. 

De segunda a sexta, a equipe comandada pelo líder Ewerton Martins, de 37 anos, aplica um larvicida granulado nas margens de rios, córregos, e canais de drenagem urbana. Seguem a pé por lugares de difícil acesso, onde ocorre grande parte da reprodução do inseto.

A aplicação é responsável por 80% do controle de pernilongos na cidade. Os outros 20% ficam por conta do fumacê que vemos pelas ruas.

Sabugo de Milho

Nossos super heróis, vingadores dos pernilongos que nos tiram o sono tranquilo, estão sempre atentos. Assim como a Prefeitura de São José dos Campos, que prioriza o uso de um produto biológico, que não agride a natureza, nem os animais e muito menos as pessoas. O produto usado foi desenvolvido por uma indústria estrangeira e é a base de sabugo de milho. São bacilos que ao serem jogados na água são consumidos pelas larvas, que morrem em seguida.

Esse investimento tem dado muito certo. Em janeiro, diante do forte calor, os pedidos de fumacê chegaram a 1.501 ligações. Em fevereiro caíram para 212 e em março, para 176. Uma redução de 88% entre janeiro e março.

Neste ano tivemos um janeiro atípico, já que em comparação com o mesmo mês de 2020, as ligações ao 156 relacionadas ao pernilongo subiram 400%.

O economista Paulo César Rodrigues, 59 anos, foi um dos que acionaram o 156. Alérgico a picadas de pernilongos sofreu no começo do ano. “As picadas acabam inflamando e é um grande desconforto”. Ele mora no 5º andar, e apesar da altura, conta que não dava para dormir se as janelas ficassem abertas. Mesmo de dia os pernilongos apareciam.

“Pernilongo tinha de monte. Depois que entrei em contato com o 156 fiz o monitoramento e melhorou muito”. Paulo não teve dúvida. Acionou o 156 de novo, mas desta vez, para elogiar. Em nome dele e dos vizinhos do prédio da Rua Santa Clara.