Empresa é homologada para geração de energia do biogás do aterro sanitário

Data da publicação: 16/09/2021 - Tempo de leitura: 4 minutos

Foto: Divulgação Urbam

São José dos Campos inova na busca por novas fontes de energia no momento em que o país atravessa uma crise hídrica que poderá interferir no abastecimento. Em breve a geração de energia elétrica a partir do biogás do aterro sanitário de São José dos Campos será realidade. A empresa vencedora da licitação para a implantação, montagem e manutenção da unidade geradora já foi homologada. O pregão realizado pela Urbam foi vencido pela empresa Enermac, que tem sede em Cascavel (PR).

A capacidade de geração de energia elétrica gerada é de 1,6 MWh e irá suprir o equivalente a 30% da energia consumida pelos prédios da Prefeitura de São José dos Campos, - compondo a matriz verde energética planejada pelo município.

A implantação da unidade geradora de energia elétrica renovável movida a biogás deverá ocorrer em até 9 meses. A operação da unidade ficará a cargo da Urbam.

As licenças ambientais necessárias de instalação já foram concedidas pelos órgãos reguladores. A produção de energia elétrica, por meio de fonte renovável, é menos poluente do que a simples queima do biogás em flare – como é feita atualmente.

O investimento é de R$ 11 milhões, com um retorno previsto em 4 anos. O aterro sanitário de São José dos Campos, operado pela Urbam, gera atualmente aproximadamente 1.000 NM3 por hora de biogás, suficiente para gerar energia nos próximos 15 anos.

A queda de água dos reservatórios de hidrelétricas, aumenta a preocupação com o uso de energia renovável. Neste sentido, o biogás, como fonte versátil e sustentável de energia, pode ser utilizado para a geração de eletricidade com forte compromisso com o meio ambiente, atendendo às orientações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).        

Biogás

Desde 2008, todo o gás captado no aterro sanitário da cidade é queimado e eliminado na Central de Tratamento de Biogás, deixando de poluir a atmosfera.

O biogás é resultado da decomposição do lixo que está confinado no aterro, e é composto principalmente pelo gás metano (CH4), 21 vezes mais impactante na atmosfera que o dióxido de carbono (CO2) e em mínimas proporções pelo gás sulfídrico (H2S), causador de odores desagradáveis, oxigênio (O2), além de outros. O tratamento feito pela Urbam elimina o biogás, que é captado por uma rede de drenos subterrâneos que se estendem em toda a área do aterro e é direcionado à central.

O tratamento atual é feito através da “queima enclausurada” em um flare, à temperatura aproximada de 600 graus, que funciona de forma ininterrupta. Com o novo projeto, este gás deixa de ser apenas queimado e se transforma em energia limpa e sustentável.